Estudos indicam que cerca de 90% das pessoas que tentam ou tiram a própria vida estão enfrentando algum transtorno mental. No entanto, a maioria das pessoas que vivem com esses transtornos não comete suicídio. Isso mostra que, embora os distúrbios mentais tenham um papel significativo, outras circunstâncias como ambiente, redes de apoio e situações pessoais também influenciam a tomada dessa decisão.
Quem Precisa de Mais Atenção e Apoio?
Estudos no Brasil apontam que jovens do sexo masculino, entre 15 e 34 anos, estão entre os mais vulneráveis, mas as taxas também são elevadas entre homens com mais de 70 anos. Fatores culturais e os métodos geralmente mais letais escolhidos pelos homens ajudam a explicar esses dados, enquanto as mulheres, apesar de tentarem mais, optam por métodos de menor letalidade, o que pode favorecer uma oportunidade de resgate.
Ainda que não haja um perfil claro e específico, a fragilidade emocional e as condições sociais são fatores que aumentam o risco. Muitas vezes, pessoas que chegam a planejar o suicídio enfrentam um acúmulo de pressões e dores emocionais. No entanto, o apoio de amigos, familiares e a ajuda de um psicoterapeuta fazem uma grande diferença, oferecendo perspectivas e possibilidades de superação.
Sinais de Alerta: Como Podemos Ajudar?
Especialistas identificam dois aspectos ao avaliar um possível risco de suicídio: a intencionalidade e a letalidade do ato. Em alguns casos, o desejo de acabar com a dor é tão forte que a pessoa opta por métodos mais letais, enquanto em outros, o ato pode ser um pedido de socorro. Reconhecer esses sinais e oferecer apoio pode salvar vidas.
Cada pessoa tem uma história única e, muitas vezes, enfrentar momentos difíceis desperta pensamentos negativos. No entanto, é possível encontrar forças e alternativas de ajuda. Problemas como perda de emprego, término de relacionamento e luto podem ser intensos, mas com apoio e tratamento, é possível encontrar novos caminhos e sentido na vida.
A Importância do Apoio e do Diálogo
A conversa aberta sobre saúde mental e o acesso a profissionais de psicologia e psiquiatria são passos essenciais para a prevenção do suicídio. Falar sobre sentimentos, compartilhar desafios e encontrar apoio em amigos, família e comunidades terapêuticas pode fazer uma enorme diferença. Lembrar que o sofrimento faz parte da experiência humana e que todos podem superá-lo com ajuda reforça a importância de quebrar o silêncio e acolher quem precisa de apoio.
Promover um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para falar de suas emoções e dificuldades é um dos melhores caminhos para reduzir o estigma e apoiar aqueles que enfrentam problemas emocionais.